Mural Cristo Operário, têmpera, Alfredo Volpi |
Olás!
Passei um tempo meio difícil ultimamente. Por isso dei uma sumida. Mas agora chegou a hora de voltar a circular por aí.
Eu estava aprontando este post já há um tempo.
É sobre a Igreja do Cristo Operário, no Ipiranga, tombada como monumento histórico. É uma capelinha maravilhosa, com pinturas murais de Alfredo Volpi, esculturas de Moussia Pinto Alves e Yolanda Mohali e paisagismo de Roberto Burle-Max. Fui visitá-la a trabalho e logo na entrada o cheiro de manacás nos recepcionou deliciosamente. É tocante ver a Sagrada Família representada em seu dia a dia, o Cristo e seu pai trabalhando enquanto Maria enfeita a casa com uma flor.
Ela abre ao público apenas nas missas de domingo, às 8h30.
A história dela é incrível: foi construída a partir da iniciativa de operários da região do Ipiranga e de um padre dominicano, frei João Batista Pereira dos Santos (1913-1985). O padre João havia estudado na França os príncipios do grupo Economia e Humanismo, fundado pelo padre francês Louis-Joseph Lebret (1897-1966). No Ipiranga, o padre João Batista soube unir a religiosidade e o trabalho em cooperativa nesta iniciativa singular.
Além da capela, frei João liderou a criação, no local, da Unilabor, cooperativa de fabricação de móveis modernos, que uniu o trabalho religioso com o dos operários e dos primeiros designers modernos em São Paulo, no começo da década de 1950, entre eles Geraldo de Barros (1923-1998).
Hoje, depois de intensa reforma e restauração, os galpões da Unilabor abrigam a Escola Dominicana de Teologia e uma incrível biblioteca com milhares de livros.
Sobre a História da capela e da Unilabor, ver os trabalhos de Mauro Claro, que pesquisou profundamente o local. É de uma postagem dele que retirei os créditos das obras de arte que fotografei.
A Igreja do Cristo Operárifica na rua Vergueiro, 7.290. A entrada para a Escola é pela rua São Daniel, 119. O local fica a menos de 10 minutos a pé da estação de metrô Alto do Ipiranga.
O paisagismo do jardim é de Roberto Burle-Marx |
Interior da capela |
Interior da capela |
Cristo, têmpera, de Alfredo Volpi |
Mural Sagrada Família, têmpera, de Alfredo Volpi |
Mural Santo Antônio pregando aos peixes, têmpera, de Alfredo Volpi |
Luminaria, de Elizabeth Nobiling |
Mural Sagrada Família, têmpera, Alfredo Volpi |
Vitral São Mateus, de Alfredo Volpi |
Vitral São Marcos, de Alfredo Volpi |
Vitral São João, de Alfredo Volpi |
Vitral São Lucas, de Alfredo Volpi |
N. Sra. com Menino Jesus, gesso patinado, de Moussia Pinto Alves |
A Virgem e o Menino, de Moussia Pinto Alves |
São João Batista, gesso patinado de Moussia Pinto Alves |
Luminária, cerâmica, de Elizabeth Nobiling |
Pia de água benta, cerâmica, Robert Tatin |
Pia de água benta, Robert Tatin |
Pia batismal, cerâmica, de Elizabeth Nobiling. À direita: mural Espírito Santo, têmpera, de Yolanda Mohalyi |
Mural Anunciação, têmpera, de Yolanda Mohalyi |
Mural Árvore da Vida, têmpera, de Yolanda Mohalyi |
Armários da sacristia, de Geraldo de Barros |
Vitral da sacristia, de Geraldo de Barros |
Segundo um relato, este crucifixo teria sido doado à Igreja do Cristo Operário por uma senhora ex-escrava que conheceu o frei João Batista. Sacristia |
Mural Ceia de Emaús, têmpera, autor desconhecido. Interior da sacristia |
Mural Nascimento de Cristo, têmpera, Giuliana Segre Giorgi (provável). Interior da sacristia |
Interior da sacrisita |
Biblioteca Padre Lebret. Antigamente, parte dos galpões da Unilabor |
Biblioteca, área de estudo |
A biblioteca é aberta ao público, para pesquisas |
Acervo da biblioteca, com cerca de 96 mil livros |
Anfiteatro |
Anfiteatro |