Se você adora viajar como eu,
provavelmente já passou pela experiência de ter pegado metrô na hora do rush em
outras cidades. E mesmo de ter achado um barato as diferenças entre o nosso
metrô e os outros, entre as pessoas, os idiomas ou sotaques. E nem achou tão
estressante, já que você esteve passeando, pegando o dito metrô depois de ter
visto monumentos, museus, parques... e provavelmente se encaminhava para algum
espetáculo à noite, ou barzinho, balada.
Foi pensando nisso que resolvi curtir
São Paulo como uma turista.
Vejo pessoas de outras cidades chegando
aqui e se encantando com tudo (ok ok, também se assustam e criticam o que deve
ser criticado) e resolvi manter em mim esse espírito de constante descoberta.
Isso também é legal na hora do rush,
afinal, enfrentar a Sé às 18h30 é atividade que exige técnica, esforço,
disciplina. É quase um exercício militar. A não ser, é claro, que você resolva
desencanar de vez. Comece a ouvir os vários sotaques, saber das novidades da
cidade pelo buchicho do dia, prestar atenção em detalhes que você nunca reparou
antes, etc.
Assim o dia-a-dia fica mais interessante,
mais divertido. E você passa a ter todos os dias como dias de diversão e não
apenas os das férias que nunca chegam ou os do feriadão que sempre passam
rápidos demais.
Agora sempre que eu sair aqui em São
Paulo vou anotar tudo como em um diário de viagens, fotografar, experimentar os
lugares que já conheço e os que virei a conhecer, comentar o que achei legal e
o que ficou a desejar.
Agora, além de moradora, também sou turista.
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