Projeto do engenheiro e arquiteto italiano Tommaso Gaudenzio Bezzi , de 1881 |
No domingo, acordei no pique de ir até o Museu Paulista da USP, mais conhecido como Museu do Ipiranga, com minha sobrinha, para ensiná-lhe as cores.
Isto se deu após o almoço. Mesmo assim, levei uma mochila com um milhão de lanchinhos para minha queridinha e lá fomos nós.
Como educadora, acredito que é muito proveitoso levar um criança de três anos a um museu, para sensibilizá-la para este tipo de espaço, plantar uma sementinha de hábito e familiaridade nela. Ou ainda, simplesmente, passear, deixá-la curtir o lugar do seu próprio jeito.
Sempre digo aos pais que me perguntam se a criança com menos de sete anos aproveita alguma coisa de um museu: sim e muito! Desde que os adultos respeitem o ritmo da pequenina. Não importa o quão interessante (para os adultos) possa ser a exposição ou o tamanho do lugar. Fique lá com as criancinhas por, no máximo, 1 hora. Incluindo ida aos banheiros. Deixe que elas escolham um pouco os caminhos dentro do museu. Você pode até indicar um ou outro lugar que você queira que vejam, mas só fique lá enquanto os pequeninos estiverem a fim. Já cheguei a ficar em um museu por 40 minutos apenas, com outros sobrinhos. E eles sairam de lá curtindo o lugar.
Se o adulto quiser mesmo ficar mais tempo na exposição é melhor escolher outro dia, sem as crianças. Mesmo crianças mais crescidinhas ficam cansadas ao andar em um lugar por mais de 1 hora e meia, se não tiverem super hiper atrativos diferentes a cada instante (uma obra incrívelmente contemporânea ou uma super importante e histórica não é o suficiente para perninhas cansadas, olhinhos com sono ou barriguinha com fome).
Já ouvi pessoas dizendo que uma criança de 3 anos não "pega" nada de um museu! Claro que ela não vai desenvolver nenhuma tese sobre a alegoria de Pedro Américo em contrapartida com a realidade histórica, mas a conquista pode ser fazê-la curtir o lugar, sociabilizar, passear com a família neste ambiente especial... Não entendo porque alguns adultos pensam que tudo bem levar os pequenos aos restaurantes fast food ou ao shopping, mas é inútil levar uma criancinha a um museu! Já escutei isto até de educadores!!!
Mas, voltando ao passeio.
A entrada foi R$ 6,00 e o ingresso era combinado com o Museu de Zoologia, meu preferido para crianças! Para quem pretende economizar mais, o primeiro domingo do mês é gratuito nos dois museus.
Ontem, com minha sobrinha, aproveitei para ir ensinando as cores. Era só ir conversando com ela apresentando os objetos diversos com suas cores logo em seguida. Até o tapete estava valendo.
Foi muito bacana como ela mesma ia fazendo suas associações. Uma escultura lhe lembrou o vovô. Em uma pintura da família imperial a imagem de uma pomba lhe lembrou de nosso passarinho de estimação.
Sobre as regras da visitação (não tocar, não ultrapassar os limites das cordinhas, etc.), coloquei como se fossem regras de um jogo: "não vale passar da cordinha", "não vale tocar". Às vezes, explicava que algum objeto poderia se estragar se as pessoas ficassem usando, por exemplo, os canapés e armários. E com isso, já comecei a plantar a sementinha da preservação museológica.
Aos 50 minutos da visita, ela se lembrou do parquinho com brinquedos que fica atrás do Museu e pediu para ir para lá (ela já foi umas duas vezes neste parquinho). Saímos, demos uma passada pelo jardim da frente e depois fomos aos brinquedos. Ela se lembrou direitinho do caminho para o playground e do banheiro ao lado.
De novo, fui ensinando as cores, como se fosse uma brincadeira também.
Perguntei algumas vezes se ela queria ir ao "museu dos bichinhos", que ela também já conhece, mas o escorregador foi mais tentador dessa vez.
Pena, eu queria tanto aproveitar meu ingresso combinado rsrsrs.
"D. Leopoldina e os filhos", de Domenico Failutti, 1921. Óleo sobre tela, 233 x 133 cm |
"Independência ou Morte", de Pedro Américo, 1888. Óleo sobre tela. 7,60 m x 4,15 m |
Lindo inverno |
O jardim foi desenhado pelo belga Arsênio Puttemans e remodelado pelo alemão Reinaldo Dierberger |
Brinquedos apropriados para crianças até 4 anos |
Há um doce perfume das árvores neste ponto. Será do pau-incenso? |
As gangorras são pesadas demais, mesmo para crianças maiores |
Há opções de escorregador para várias idades |
Tia super participativa. Fotografada por minha sobrinha. |
Alexandra hola
ResponderExcluirte escribo desde el albergue de Niza recuerdas que nos conocimos aqui
un abrazo y me parece excelente idea lo de mirar las cosas como si fuese la primera vez
un abrazo
palmira
Hola Palmira!
ResponderExcluirSeguro que me acuerdo de ti y de tu hijo. Gracias por escribir. Ojalá ustedes vengam un día para Brasil y yo pueda presentarles la ciudad personalmente.
Besotes.